quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Curiosidades e ironias nas esquinas pelotenses

Dia desses, depois de comprar alguns livros na feira do livro de Pelotas, resolvi sentar na Doçaria Pelotense pra tomar um suco e espantar o calor. Enquanto eu olhava pela janela contando até dez pra não pular no pescoço da garçonete mal humorada que trouxe meu suco de abacaxi sem gelo, me dei conta de uma coisa bastante curiosa. Já passei inúmeras vezes pela XV de Novembro e nunca me dei conta da ironia que envolve os estabelecimentos das esquinas defrontes desta mesma rua com a rua Sete de Setembro.
Em uma delas, está a Doçaria, onde eu estava sentada, e na outra, o Café Aquarius. Pontos tradicionais onde se pode encontrar desde senhorinas fofas a crianças, e desde simpáticos senhores aposentados a rapazes (ui, que brega!), respectivamente. Uma clara divisão entre homens e mulheres. As mulheres, normalmente se sentam na Doçaria para comer um docinho, tomar um chá e fazer uma pausa nas compras, por exemplo. Já os homens, se juntam para conversar sobre política, atualidades ou simplesmente para tomar um café.
Sempre fomos educados assim. Azul é de menino, rosa é de menina. Homem fala de futebol e mulher de novela. Mulher é delicada e homem pode falar palavrão. Porém, de alguns anos pra cá, esta estrutura vem sendo modificada.
Um dos, e talvez o principal motivo para tal acontecimento, foi a libertação da mulher e seu ingresso no mercado de trabalho. Nós mulheres, provamos que somos capazes de discutir sobre política, futebol e temos tanta capacidade quanto, ou até mais que os homens para trabalhar seja em escritórios ou qualquer outro lugar. Porém, ainda o trabalho masculino é mais valorizado, e infelizmente mais bem pago.
E é por isso que eu afirmo: a libertação das mulheres só será completa quando formos tratadas com igualdade e respeito por todos. Senão, a velha divisão entre homens e mulheres não vai ficar restrita somente a ironia das esquinas pelotenses...

sábado, 24 de outubro de 2009

um clássico e duas caixas de cerveja

Quinta-feira, 7:30 da manhã, estou chegando na escola, indo pra Educação Física e escuto os funcionários da limpeza em uma discussão bem animada:
-Não cara, são duas caixas de cervja. Eu te dou duas caixas de cerveja se o inter não ganhar de dois a zero!
Logo concluí que eles estavam falando do grenal de domingo. Foi só disso que se falou a semana inteira.
Depois de escutar isso, eu comecei a pensar em como um clássico de futebol mexe com as pessoas. Eu, particularmente sou uma apaixonada por futebol. Adoro acompanhar os jogos, analisar o desempenho dos jogadores,ficar de olho na tabela dos campeonatos e confesso, também xingo o juiz.
Essa emoção provocada pelo futebol já é parte do código genético de todos os brasileiros. Mesmo que nem todos sejam fanáticos como eu, não tem como não se contagiar com a energia de um jogo, principalmente um clássico.
Dia de GREnal aqui em casa, é um dia muito peculiar e cheio de provocação. Isso tudo porque eu sou gremista e meus pais são colorados.Isso tem uma explicação: é que eu sempre olhei futebol com meu dindo, que é gremista. Começa o jogo e eu fico no meu quarto olhando na minha tv, e meu pai assistindo na da sala. Quando um dos times faz gol, a relação amistosa pai-filha, vira quase uma briga... hauishauishuais
O grenal é amanhã, e só me resta esperar que o tio da limpeza perca a aposta! GO, GO, GRÊMIO, GO, GO!

domingo, 27 de setembro de 2009

Conhecer primeiro, julgar depois

Quando somos crianças nossos pais nos ensinam(ou pelo menos deveriam) a não julgar as pessoas antes de conhece-las. Mas como todos nós sabemos, não é bem assim que funciona. Sempre que olhamos alguém e o "santo não bate", julgamos e tachamos precipitadamente. Porém, depois de conhecer melhor, às vezes acabamos mudando de opinião.
Foi o que aconteceu comigo um dia desses, depois do VMA, pra ser mais precisa. Todo mundo sabe do fiasco que o Kanye West fez na premiação de melhor clipe feminino, quando interrompeu a Taylor Swift-que ganhou o premio- dizendo que o clipe da Beyoncé era o melhor. Então, mesmo achando a atitude dele pavorosa e sem noção, pensei que ele talvez tivesse razão, o clipe da Beyoncé é impressionante, ela dança muito.
Pensei que o Kanye estivesse certo porque pra mim, a Taylor Swift era só mais uma daquelas artistas retardadas e fabricadas pela Disney. Ao menos eu sempre vi as entrevistas dela na capricho falando sobre aquela gente tosca da Disney e nunca perdi muito tempo lendo. Mas depois de ver a apresentação dela no VMA mesmo, percebi que nunca havia escutado uma música sequer dela. E analisando bem, ela não é tão ruim assim.
Depois que a premiação acabou, fui procurar o vídeo que causou tanto auê. Realmente, o clipe é melhor que o da Beyoncé, mesmo a mulher do Jay-Z quebrando tudo em Single Ladies, como eu já disse antes. O clipe da Taylor é divertido, tem um enredo compatível com a letra e ainda acaba de uma forma bem "final feliz de filme adolescente".
E depois de assistir ao clipe, me convencer de que eu estava errada a respeito dela, eu assisti uma entrevista da Lily Allen (uma das minhas cantoras preferidas) dizendo que adorava a Taylor.
Mais uma vez o que os nossos pais dizem está certo: Conheça primeiro, pra depois julgar.

domingo, 20 de setembro de 2009

Sim, eu sou cafona!

Todo mundo tem algum gosto que os outros consideram estranho, incomum, ou até horrível. Eu tenho vários, e sim , sou uma cafona assumida! Gosto de música antiga e às vezes brega, acho monótono me vestir como todo mundo e amo filmes clássicos.
Minha última aquisição cafoninha foi um óculos do modelo Wayfarer na cor marfim com as lentes marrons em dégradé. Mas não é o meu estilo de vestir que motivou esse post. E sim a minha paixão por cenas clássicas do cinema.
Quem me conhece sabe que eu sou doida pelos filmes da Audrey Hepburn. Os figurinos sempre são fabulosos e os finais são fofos. E vai dizer que filmes antigos não são legais? Quem nunca se balançou assintindo Curtindo a Vida Adoidado na parte em que o Ferris faz todo mundo pirar dançando Twist and Shout naquela parada?
Agora, vamos ao ponto principal do post: a melhor cena clássica de filmes cafoninhas de todos os tempos na minha opinião. A sequência final de Dirty Dancing. Ela é fantástica porque o "falecido" Patrick Swayze dança muito, porque todo mundo começa a dançar no final e porque a música te faz querer sair dançando também. E parece que não sou só eu uma grande apreciadora da música do filme, afinal ela ganhou o oscar de melhor canção original...
http://www.youtube.com/watch?v=WpmILPAcRQo
E é por amar essas e tantas outras coisas que eu admito: SOU CAFONA SIM!
P.S.: Tá só o link porque a incorporação foi desativada ¬¬

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A solidariedade, o casaco e o sentimento de fazer o bem

Quando eu tinha 6 anos, minha avó fez um casaco pra mim. Era um tecido fofinho, acho que soft. Tinha um fundo azul e uns losangos vermelhos, com linhas azuis(o mesmo azul do fundo) e verdes. Pra fechar ele, minha avó colocou botões vermelhos de pressão.
Eu adorava aquele casaco, tanto que ele me acompanhou por mais uns 4 invernos. Até que um dia, eu conheci a campanha do agasalho e resolvi doar ele. Eu já não cabia mais nele e sabia que ia fazer uma outra criança-que precisasse- quentinha. Eu só não sabia que ia reencontrar ele seis anos mais tarde.
Hoje, na frente da minha casa, passaram duas meninas. As duas estavam brincando, e pareciam bem pobres. Uma delas, me chamou atenção. Ela estava usando o meu casaco. Tinha que ser o meu casaco, só existia um como ele.
Não cheguei a ir lá perguntar o nome dela e nem como ela tinha conseguido o casaco. Só fiquei olhando pra ela, brincando com a outra menina, tão alegre, tão cheia de vida que me vi novamente com seis anos.
Isso deve ser algum sinal do destino ou coisa parecida, mas me fez pensar em quantas outras crianças já devem ter sido aquecidas pelo meu casaco. Senti orgulho de mim mesma quando vi aquela criança, eu fiz o bem. Pode parecer clichezão, mas essa sensação não tem preço...

terça-feira, 31 de março de 2009

Estar aberto para negócios. Yeah!

O baterista de uma das minhas bandas praferidas usa a expressão "estar aberto para negócios" para definir e comunicar quando está solteiro e com vontade de curtir coisas novas e diferentes. Talvez deveríamos estar abertos para negócios mais vezes. E não só no sentido sentimental, mas também em saber como aproveitar melhor o que a vida nos proporciona e que não somos capazes de perceber e agarrar.
Quando estamos fechados para balanço, esquecemos que novos negócios podem render melhores lucros. Eu posso dizer que agora, minha situação caminha para uma abertura aos negócios. Investi quase tudo o que eu tinha em um negócio que provavelmente desde o início, não me traria lucros. Mas tudo bem, investidores erram. Se isso não fosse verdade, a crise não estaria aí como todo mundo sabe. O medo de investir em novos negócios às vezes pode nos fazer desistir e perder grandes oportunidades. Portanto eu digo: arriscar é bom, mesmo que o investimento dê errado e não traga lucros - só prejuízos - você pode sempre fechar para balanço por um tempo(caso contrário, oportunidades podem ser predidas) e se abrir para novas possibilidades de negócios. Podem ser os mesmos, ou diferentes. O importante é que sejam novos, afinal, tudo na vida se renova. Escrever em forma de metáfora é muito divertido! E boa sorte nos negócios, Chuck Comeau!

segunda-feira, 30 de março de 2009

Incapacidade de enxergar o óbvio

Hoje eu percebi como nós, seres humanos somos burros. Ou somos burros, ou preferimos pensar que somos "distraídos".
Quantas vezes, nos perguntamos "Como eu não enxerguei isso antes?" "Como eu fui deixar isso acontecer comigo?" Penso que usamos esta nossa falta de percepção para justificar, o que na verdade já sabíamos há muito tempo. Eu mesma acabo de ser vítima da inútil armadilha criada pela mirabolante mente humana.
Confundi sentimentos e quando vi, acabou sendo tarde demais. Agora tenho que aturar a indiferença de quem não soube perceber na hora certa o que realmente estava acontecendo e acabou deixando a história toda chegar ao extremo.
Enquanto eu tento desfazer a brurrada, vou torcendo para voltar tudo ao normal(indiferença me irrita!) e entender melhor a mente humana.
Pensar nisso tudo me dá insônia e vontade de descontar minha raiva em agluém. Acho que vou ler um livro pra me acalmar e tentar dormir um pouco...

segunda-feira, 23 de março de 2009

B-Day e outras histórias...



Pra abrir as postagens de 2009, nada melhor que uma retrospectiva da looonga temporada ausente. O McFly veio ao Brasil, eu não fui; Eu quebrei o tornozelo e perdi quase todo o "calendário" de festas legais do ano; Tive vontade de reclamar por acessibilidade nos lugares onde cadeirantes(minha condição por algumas semanas) não conseguiam passar e andar livremente, porém como toda revolucionária de sofá, não fiz nada para melhorar a situação; Fiz um frenético trimestre de provas em três semanas que valeu a pena, mas me matou; Passei o Natal longe de uma das minhas amigas mais queridas e tomei umas a mais na festa, já que ela não tava lá pra me controlar; Tive um janeiro relativamente bom, com direito a acampamento com vista p/ um céu estrelado como eu nunca tinha visto; Voltei às aulas em 3 de fevereiro; O carnaval foi bom, mas o que mais me marcou foi o dia 08/02/2009, o B-Day.

A festa da 51ª edição do Grammy teve um gostinho especial para os fãs de Blink-182 de todo o mundo. Todos estavam na expectativa de que os rumores da reunião da banda fossem verdadeiros, principalmente depois que Travis sofreu um acidente e juntou novamente os heróis da infância de muita gente, inclusive da minha. Chegou a hora da apresentação do prêmio de melhor álbum de rock do ano e lá entraram eles: Mark, Travis e Tom deixando muita gente quase tendo um treco de tanto nervosismo! Até que da boca do Mark sai a mais bela frase jamais dita por qualquer um deles: Blink-182 is back! 24 horas depois do acontecido a minha ficha não tinha caído. Eu não era a única a acreditar que podia ser só um sonho, acredito que como eu e o Júnior(amigo doido por blink como eu) vários outros fãs estavam na mesma situação que nós. Eles voltaram sim. Só que obviamente nunca esqueceremos músicas como Make You Smile-fruto de um dos projetos paralelos da banda.
Os meus heróis sempre vão ter um lugar especial na minha vida. Seja por terem sido os responsáveis por me aproximar de um dos meu melhores amigos, seja pelas músicas ótimas, seja pela reunião depois de alguns anos que para nós foram séculos. E é por isso que o dia 8 de fevereiro marcou a minha vida p/ sempre!

Créditos da imagem : www.action182.com