domingo, 25 de abril de 2010

You'll be here in my heart, always!

Agora ele deve estar sentado em uma nuvem batendo um papo com São Pedro. Devem estar comentando de alguma notícia que saiu nos jornais celestes ou de algo novo que aconteceu aqui em baixo. Os cabelos longos e pretos dele balançam com a brisa que vem das nuvens, a barba está grande como sempre e nos pés estão as inseparáveis botas. Essa é a maneira como eu gosto de pensar que está uma das melhores pessoas que eu já conheci. Afinal, é isso que todos queremos para aqueles que gostamos e que não veremos mais, a não ser nas fotografias relembrando os momentos bons compartilhados. Ele surgiu na minha vida quando eu tinha por volta de 4 ou 5 anos e de cara gostei dele. Intuição de criança não falha. Ele possuía uma enorme habilidade para lidar com crinaças. Não sermos realmente parentes nunca me impossibilitou de pensar nele como um tio ou um primo mais velho. O que são alguns cromossomos quando, quando a simpatia já basta? Nossos encontros eram raros, normalmente em festas de final de ano, o que não nos impedia de conversar como amigos que se viram há menos de uma semana. Lembro de um ano em que ele foi a primeira pessoa a me desejar sorte no ano que estava começando, e bom, realmente me deu sorte. Consegui superar mais 16 candidatos para uma vaga na escola onde estudei o Ensino Médio. O tempo foi passando, eu fui crescendo e os papos foram evoluindo. Opiniões políticas, gostos musicais e mais algumas identificações foram surgindo. Na última vez em que nos vimos, olhamos um jogo de futebol na sala da minha avó. Nunca tinha feito isso com ele antes, foi divertido. Foi muito estranho quando chegaram as festas de Natal e Ano Novo e percebi que ele não estava mais lá para me desejar coisas boas. Vou sentir saudade daqueles olhos sempre brilhantes, daquele sorriso amigo que ele estava sempre disposto a oferecer pra quem quer que fosse, do som da voz dele sentado no pátio da minha avó em alguma festa de final de ano dizendo: E aí, Isa! Como tu cresceu! Espero realmente encontrar ele em algum lugar dessa nossa existência. Enquanto isso, fico com as lembranças boas e imaginando o montão de amigos que ele já deve ter feito lá em cima."Os que amamos nunca nos deixam, e podemos sempre encontrá-los dentro de nós..."

domingo, 14 de março de 2010

Aos meus amigos






Nostalgia é uma palavra bastante corriqueira no meu dicionário. Ter saudade de tempos em que fomos felizes e revivê-los mesmo que não exatamente da mesma forma é uma coisa ótima. Ontem foi um dia de conexão com o meu passado, e eu posso dizer com autoridade,que não existe coisa melhor que estar na companhia das pessoas que fizeram esses tempos tão felizes.
Nós crescemos e temos as nossas "próprias vidas", não nos vemos mais com a frquência que gostaríamos, mas basta olhar para cada um deles e perceber que o sentimento que nos une ainda é o mesmo.
No fundo, nós ainda somos as mesmas pessoas que quando saíam mais cedo da aula corriam pra casinha da praça pra jogar stop. A Lilian ainda é a mesma maluquinha que escorregava no corrmão da escada da Lari. A Lari ainda é aquela mesma confidente de sempre. A Ludi ainda é a maior parceira pra festa. O Murilo ainda é o mesmo cara que não sai sem gel no cabelo. O Aníbal ainda é o cara do violão. A Bruna continua sendo tão engraçada como antes. O Renan é o parceiro pra beber.
As tardes de filme com brigadeiro deram lugar às jantas com cerveja, mas reunir o pessoal pra falar sobre a vida e relembrar o passado continua sendo tão divertido. É por isso que eu agradeço a todos vocês que fizeram, fazem e ainda farão a minha vida muito feliz. EU AMO VOCÊS!

domingo, 31 de janeiro de 2010

Um estilo acaba com a miscigenação?

Há dois dias eu estava olhando um programa na TV e o Carlinhos Brown afirmou isso. Será que a escolha de um estilo pode mesmo acabar com a diversidade e a mistura? Eu duvido. Um rótulo sim, limita a maneira de agir, vestir e pensar, pois sugere uma doutrina. Ou seja, algo que se descumprido provavelmente causará constrangimento e em casos extremos até agressão, seja ela física ou moral.
Quando se fala em estilo, na minha percepção surge algo mais liberal. Como uma espécie de modelo do qual se pode tirar as melhores coisas, e adaptá-las da forma mais conveniente para assim constituir um estilo próprio.
Se o cantor baiano estiver certo, como ficam as pessoas que pegam um pouco de cada estilo para formar a sua identidade? Essa afirmação me parece um tanto contraditória vinda dele, um artista que tem sua identidade musical tão completa baseada na miscigenação de estilos.
Talvez ele não tenha parado para refletir sobre isso. Ou talvez eu só esteja viajando, mas que é contraditório, isso é.
Por isso é que eu solto aquele clichê: Viva à diversidade e queda ao preconceito!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Nada como um final de ano em Arroio Grande

Não consigo me imaginar passando o final de ano em outro lugar a não ser em Arroio Grande. Essa é a época mais divertida por aqui. E o que faz isso ser tão bom? Existe uma dezena de motivos, vou escrever somente alguns neste post.
Primeiro: Natal e Ano Novo sem família por perto deve ser muito chato, então não existe coisa melhor que toda a família reunida, e acredite, a minha é gigante.
Segundo: Ver pessoas, amigos e familiares que moram longe e aparecem pra passar "as festas" com suas respectivas famílias. Arroio Grande fica cheia de gente diferente, o que é bom, já que essa é a terra do marasmo.
Terceiro: Assistir à São Silvina do jardim. Sim, nós temos uma São Silvestre, com alguns corredores um pouco fora do padrão, mas nós temos! Hahahaha!
Quarto: Ir com os amigos às festas de Natal e Ano Novo que acontecem nos clubes da cidade. Qualquer coisa com os amigos já se torna divertida, mas meu amigo, se for em uma festa daqui, se torna melhor ainda! Particularmente, prefiro as festas de Ano Novo, já que no final delas, sempre rola um adiantamento do Carnaval (que sem dúvidas, é o melhor de todos). Voltar das festas com os amigos e o sol já brilhando também faz parte do encantamento do final de ano daqui.
A festa desse Ano Novo foi boa. Cheguei às 8 da manhã em casa e acabo de acordar pra escrever isso. Estou parcialmente surda e parece que minha cabeça não faz parte do corpo, e mesmo assim, me sinto bem pra caramba. To pagando de marketeira da cidade, mas eu não poderia deixar de dizer que EU AMO ARROIO GRANDE NO FINAL DE ANO!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Curiosidades e ironias nas esquinas pelotenses

Dia desses, depois de comprar alguns livros na feira do livro de Pelotas, resolvi sentar na Doçaria Pelotense pra tomar um suco e espantar o calor. Enquanto eu olhava pela janela contando até dez pra não pular no pescoço da garçonete mal humorada que trouxe meu suco de abacaxi sem gelo, me dei conta de uma coisa bastante curiosa. Já passei inúmeras vezes pela XV de Novembro e nunca me dei conta da ironia que envolve os estabelecimentos das esquinas defrontes desta mesma rua com a rua Sete de Setembro.
Em uma delas, está a Doçaria, onde eu estava sentada, e na outra, o Café Aquarius. Pontos tradicionais onde se pode encontrar desde senhorinas fofas a crianças, e desde simpáticos senhores aposentados a rapazes (ui, que brega!), respectivamente. Uma clara divisão entre homens e mulheres. As mulheres, normalmente se sentam na Doçaria para comer um docinho, tomar um chá e fazer uma pausa nas compras, por exemplo. Já os homens, se juntam para conversar sobre política, atualidades ou simplesmente para tomar um café.
Sempre fomos educados assim. Azul é de menino, rosa é de menina. Homem fala de futebol e mulher de novela. Mulher é delicada e homem pode falar palavrão. Porém, de alguns anos pra cá, esta estrutura vem sendo modificada.
Um dos, e talvez o principal motivo para tal acontecimento, foi a libertação da mulher e seu ingresso no mercado de trabalho. Nós mulheres, provamos que somos capazes de discutir sobre política, futebol e temos tanta capacidade quanto, ou até mais que os homens para trabalhar seja em escritórios ou qualquer outro lugar. Porém, ainda o trabalho masculino é mais valorizado, e infelizmente mais bem pago.
E é por isso que eu afirmo: a libertação das mulheres só será completa quando formos tratadas com igualdade e respeito por todos. Senão, a velha divisão entre homens e mulheres não vai ficar restrita somente a ironia das esquinas pelotenses...

sábado, 24 de outubro de 2009

um clássico e duas caixas de cerveja

Quinta-feira, 7:30 da manhã, estou chegando na escola, indo pra Educação Física e escuto os funcionários da limpeza em uma discussão bem animada:
-Não cara, são duas caixas de cervja. Eu te dou duas caixas de cerveja se o inter não ganhar de dois a zero!
Logo concluí que eles estavam falando do grenal de domingo. Foi só disso que se falou a semana inteira.
Depois de escutar isso, eu comecei a pensar em como um clássico de futebol mexe com as pessoas. Eu, particularmente sou uma apaixonada por futebol. Adoro acompanhar os jogos, analisar o desempenho dos jogadores,ficar de olho na tabela dos campeonatos e confesso, também xingo o juiz.
Essa emoção provocada pelo futebol já é parte do código genético de todos os brasileiros. Mesmo que nem todos sejam fanáticos como eu, não tem como não se contagiar com a energia de um jogo, principalmente um clássico.
Dia de GREnal aqui em casa, é um dia muito peculiar e cheio de provocação. Isso tudo porque eu sou gremista e meus pais são colorados.Isso tem uma explicação: é que eu sempre olhei futebol com meu dindo, que é gremista. Começa o jogo e eu fico no meu quarto olhando na minha tv, e meu pai assistindo na da sala. Quando um dos times faz gol, a relação amistosa pai-filha, vira quase uma briga... hauishauishuais
O grenal é amanhã, e só me resta esperar que o tio da limpeza perca a aposta! GO, GO, GRÊMIO, GO, GO!

domingo, 27 de setembro de 2009

Conhecer primeiro, julgar depois

Quando somos crianças nossos pais nos ensinam(ou pelo menos deveriam) a não julgar as pessoas antes de conhece-las. Mas como todos nós sabemos, não é bem assim que funciona. Sempre que olhamos alguém e o "santo não bate", julgamos e tachamos precipitadamente. Porém, depois de conhecer melhor, às vezes acabamos mudando de opinião.
Foi o que aconteceu comigo um dia desses, depois do VMA, pra ser mais precisa. Todo mundo sabe do fiasco que o Kanye West fez na premiação de melhor clipe feminino, quando interrompeu a Taylor Swift-que ganhou o premio- dizendo que o clipe da Beyoncé era o melhor. Então, mesmo achando a atitude dele pavorosa e sem noção, pensei que ele talvez tivesse razão, o clipe da Beyoncé é impressionante, ela dança muito.
Pensei que o Kanye estivesse certo porque pra mim, a Taylor Swift era só mais uma daquelas artistas retardadas e fabricadas pela Disney. Ao menos eu sempre vi as entrevistas dela na capricho falando sobre aquela gente tosca da Disney e nunca perdi muito tempo lendo. Mas depois de ver a apresentação dela no VMA mesmo, percebi que nunca havia escutado uma música sequer dela. E analisando bem, ela não é tão ruim assim.
Depois que a premiação acabou, fui procurar o vídeo que causou tanto auê. Realmente, o clipe é melhor que o da Beyoncé, mesmo a mulher do Jay-Z quebrando tudo em Single Ladies, como eu já disse antes. O clipe da Taylor é divertido, tem um enredo compatível com a letra e ainda acaba de uma forma bem "final feliz de filme adolescente".
E depois de assistir ao clipe, me convencer de que eu estava errada a respeito dela, eu assisti uma entrevista da Lily Allen (uma das minhas cantoras preferidas) dizendo que adorava a Taylor.
Mais uma vez o que os nossos pais dizem está certo: Conheça primeiro, pra depois julgar.